Ao longo dos últimos dois anos tenho mencionado várias vezes as praxes e abordo esta questão devido à polémica que se está a gerar devido ao trágico acidente onde morreram seis jovens e onde houve um sobrevivente.
As praxes académicas, para mim, representam um motivo de orgulho. Desde sempre que quis ir às praxes e interrompi as minhas férias no Algarve para poder ser praxada. Todas as quintas-feiras visto-me de preto e sempre que visto o meu traje lembro-me do percurso que percorri.
Das férias interrompidas, das dores musculares, dos meus pés cheios de bolhas, do calor intenso, do meu batismo, de andar de pijama na rua, do meu traçar da capa, dos dias em que praxei e mandei os caloiros olharem para o chão "o verde é o novo azul do céu", da água que supostamente era para borrifar os caloiros mas como nós estávamos cheios de calor a água serviu para nos borrifarmos, dos pedidos dos meus afilhados, da chuva no dia do batismo deles....as praxes são memórias que eu nunca vou esquecer e estar a ouvir o respeito dos meus caloiros pelas praxes e o que elas significam para eles deixa-me emocionada. Tanto no ano que fui praxada como este que estou a praxar conheci pessoas maravilhosas e é isso que as praxes são: memórias construídas, amigos que conhecemos e brincadeiras não humilhações.
Devido a este mau jornalismo que está a acontecer às voltas das praxes e como a vida académica é muito importante para mim deixo-vos a minha primeira e última fotografia que representam o pontos altos da minha vida académica:
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