sábado, 24 de dezembro de 2011

As férias, diferenças culturais, Luanda, Europa

Mal aterramos no aeroporto de Luanda conseguimos visualizar imediatamente as diferenças entre Luanda e Lisboa (falo de Lisboa uma vez que é a cidade onde moro) e os efeitos da Guerra são bem visíveis. As casas são muito pobres, nas ruas adjacentes ao aeroporto vê-se muitas mas mesmo muitas pessoas a andar na rua, muitas crianças e neste ponto é possível verificar logo a primeira diferença cultural: enquanto que na Europa a maioria das pessoas tem um, dois, ou três filhos aqui as mulheres além de serem mães muito cedo têm quatro, cinco, seis, sete, oito ou mais filhos.
As diferenças não se ficam só pela quantidade de filhos que as mulheres possuem mas também pela condução nas estradas de Luanda. A condução é caótica, milhares de carros, corrupção dos policias a passarem multas, o código da estrada existe mas ninguém o respeita o transito é infernal ao ponto de uma pessoa desesperar.
Dizem que os Europeus são um povo frio e com muitas regras mas quem disse que as regras são más? Os almoços por aqui são às 17:30 e os jantares às 23:45 ou às 00:00 da manhã as regras de educação são bonitas e eu gosto mas na minha família aqui em Luanda elas, por vezes, parecem que não existem. O povo é muito descontraído, no hotel em que estou os empregados cumprimentam todas as pessoas o que em Portugal provavelmente não aconteceria e o mais provável seria virar a cara ou olhar para baixo.
Como já referi, os efeitos da Guerra são visíveis mas para um país que até à 10 anos ainda estavam em Guerra, Luanda está em bom estado. É claro que existem ainda muitas casas degradadas mas é uma cidade que está a ser reconstruida e por todo o lado se vê prédios e mais prédios a serem erguidos além de outras construções.
As praias não são um paraíso e se não tivermos cuidado as crianças mexem nas nossas coisas o que não dá para estar na praia descansada e, por essa razão, a nossa escolha reside na piscina do hotel. Basta sair dos portões do hotel e vê-se mais uma vez a diferença nas classes sociais é visível: ou as pessoas são pobres ou são muito ricas, não existe uma classe média (pelo menos que eu tenha reparado).
Para terminar quero abordar dois pontos: o primeiro são as passadeiras e aqui, mais uma vez falo da condução dos automobilistas, ninguém para nas passadeiras e por vezes estamos 15 min/ 30 min para passar que eles não passam; Falando mais uma vez das praias, estive numa ilha chamada de Mussulo onde a praia parecia o paraíso. A água era calma, a praia cheia de palmeiras e coqueiros, tudo era lindo e a calma reinava.











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