terça-feira, 17 de maio de 2011

Rubrica Literária

Desde muito pequena, mesmo quando não sabia falar, os meus pais rodeavam-me de histórias infantis, por isso, devo a eles o meu gosto pela leitura.
 Embora goste muito de ler, nunca saí muito da minha "zona de conforto". Quando era criança e até ao início da adolescência, lia livros como, por exemplo, "Os cinco" e mais tarde, por volta dos catorze anos, descobri as maravilhas do "Harry Potter" e, pela mesma altura, conheci os livros do Nicolas Sparks. Mas, nunca saí desse registo, até agora.
 A maioria das pessoas que conheço, partilham do mesmo sentimento que eu sinto ao estar perto de livros novos, mas, lêem vários tipos de livros, enquanto que eu, leio sempre os mesmos livros.
 Enquanto passeava pela estante da minha tia, durante as ferias, descobri um livro chamado "Desfigurada". Não sei o que me atraiu no livro, mais uma vez, e perguntei-lhe se ela já tinha lido. Ela só não tinha lido como tinha adorado e emprestou-me.
 Descobri as maravilhas de ler outras histórias, outros escritores e que também existe livros muito bem escritos, em que as histórias são muitíssimo bem contadas e sem serem histórias de amor.
 Com a escritora Rania Al-Baz, entendi a cultura saudita e as condições das mulheres muçulmanas e o que essas mulheres que são essencialmente humanas têm que passar ao lado dos maridos que as consideram propriedade.
 Uma leitura entusiasmante do principio ao fim.



Sinopse: Quando um crime passional se torna num assunto de Estado
Jovem e bela, Rania al-Baz era uma estrela da televisão saudita, onde apresentava um popular programa. Um percurso inédito num país onde as mulheres têm tanta dificuldade em seguir uma carreira. Para todas as suas semelhantes, Rania representava uma esperança de progresso, porque lhes desbravara o caminho.Ora, foi precisamente isso o que o seu marido não conseguiu suportar. Doentiamente ciumento, multiplicou as cenas de violência até que, no dia 4 de Abril de 2004, a agrediu ainda mais violentamente do que o habitual, desfigurando-a, antes de a deixar, moribunda, à porta de um hospital e de se pôr em fuga.Após quatro dias de coma e treze operações para tentar recuperar as suas feições, Rania veria a sua terrível provação difundida pelos meios de comunicação do mundo inteiro, preocupando as próprias autoridades da Arábia Saudita. O que à partida era um pequeno acontecimento transformara-se num autêntico assunto de Estado. Nestas páginas, Rania fala-nos das questões que a condição da mulher nos países muçulmanos levanta e relata-nos o seu calvário e a sua luta, sem nunca condenar o Islão e a sua terra natal. Reside aí a particularidade deste livro: mostrar que nesses países conservadores, as mulheres podem e devem ser tratadas como seres humanos em toda a acepção da palavra, sem que, para tal, tenham de renegar as suas origens e religião. Um livro corajoso e inteligente que abre uma porta à esperança.

P.S Quando acabei de ler o livro fui procurar mais informações sobre a escritora e encontrei este video no youtube. A personagem principal desta história é esta senhora que podem visualizar neste video.

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